Muito bem neologizer’s! Bora aprender sobre um processo incrível? Adiantamos que esse processo é a base para formação de novas palavras na Língua Portuguesa e também de outros idiomas. De quebra, vamos entender sobre assuntos que parecem complicados à primeira leitura. Bora desmistificar esse medo que a maioria das pessoas tem em relação a nossa língua. Teremos muitos exemplos descontraídos. Bora com a gente!!!

Esse post da conta @brechodaholly no insta, mostra um bom exemplo de formação de neologismo. “Quem precisar de mim… por favor, desprecise”. É bem fácil notar que o prefixo “DES” foi utilizado para desfazer a noção de “precisar”, e compreendemos perfeitamente seu sentido.
Parece confuso, mas de acordo com um dos mais importantes estudiosos da área, Evanildo Bechara, gramático da Língua Portuguesa, a maioria dos prefixos são de base grega ou latina. Ele cita diversos outros prefixos: trans-, sobre-, sub-, em-, im- e re-, são alguns desses.

Novas palavras, termos ou expressões são denominados neologismos. Alguns termos podem ser facilmente descartados e nem entrar nos dicionários de Língua Portuguesa, porém outros acabam sendo tão utilizados que são dicionarizados e perdem o status de neo, ou seja, novo.
A Queen do Neologismo no Brasil, Ieda Maria Alves, diz em seu livro Neologismo- Criação Lexical diz que : “A derivação prefixal é um processo extremamente produtivo ao português contemporâneo. Ao unir-se a uma base, o prefixo exerce a função de acrescentar-lhe variados significados: “grandeza, exagero, oposição, pequenez, repetição…”. Como não há unanimidade, na língua portuguesa, quanto ao número e à natureza dos morfemas prefixais, trataremos como prefixos as partículas independentes ou não-independentes que, antepostas a uma palavra-base, atribuem-lhe uma ideia acessória e manifestam-se de maneira recorrente, em formações em série.” (p.15)
Exemplos de processos de formação de palavras são variados, derivação sufixal, truncamento, formação através de bases presas ou neoclássicas são alguns tipos. Olhando assim, parece um bicho de sete cabeças, não é mesmo? Mas nós sempre estamos criando algum tipo de neologismo com derivação prefixal. Essa era que vivemos de muitos memes é o cenário ideal para isso. = )
Nesse post estamos falando sobre um processo morfológico específico, aquele surgido a partir de uma derivação prefixal. Calma aí! Vamos explicar. A derivação ocorre quando uma palavra de determinada classe gramatical dá origem a uma nova palavra de outra classe.
Mas e o prefixo? Os prefixos são elementos acrescentados ao início de uma palavra, ao contrário dos sufixos que estão ao final.
[Des]ver, [sub]notificação e [pré]-pandemia são neologismos que contém prefixos na sua formação. Ah! Mas a subnotificação também tem sufixo? Não é? Sim, porém o sufixo [–ção] está ligado ao substantivo notificação, que por sua vez já possuía um significado e uso recorrente na nossa língua. Gostaram? Fique a vontade para compartilhar seus próprios neologismos nos comentários!
Jucimara Boaventura de Sousa
Cleidiane Ozorio dos Santos
Renilzo Lourenço
REFERÊNCIAS:
BASILIO, M. Formação e classes de palavras no português Brasil. Editora Contexto: São Paulo, 2008.
BECHARA, Evanildo. Moderna Gramática Portuguesa. Rio de Janeiro: Lucerna, 2004.
ALVES.M.IEDA. Neologismo - Criação Lexical.Editora Ática: São Paulo, 2004.
Eu acho que descobri uma coisa: sofro de ansiedade pré-nada 😫
Ótimo post, bem organizado!